Era previsível, a confirmação chegou: foi batido o record mundial em gastos militares. A cifra global atingiu 2.443 mil milhões de dólares norte-americanos em 2023.
Os maiores gastadores são, por esta ordem, os EUA a China e a Rússia. Os dados foram agora publicados pelo Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI na sigla em inglês). O relatório diz que, em termos percentuais, o aumento foi de 6,8%.
Só os norte-americanos gastam o equivalente a 37% do total de todos os gastos militares no mundo, com 916 mil milhões de dólares. A China tem uma quota de 12% nos gastos militares globais, cerca de 296 mil milhões de dólares. A Rússia vale 4,5% nos gastos militares, ou seja, 109 mil milhões de dólares gastos em armamento no ano passado. Longe dos dois lugares cimeiros deste pódium, a Rússia foi quem aumentou mais, em termos relativos, o esforço na defesa, com um aumento de 24% em relação a 2022. Israel também contribui para o bom momento do negócio do armamento, com um aumento da despesa na ordem dos 24%, mais ou menos 27,5 mil milhões de dólares (isto para executar o genocídio dos palestinianos).
Outros números espetaculares: o Congo (RDC, ex-Zaire) aumentou a despesa militar 105%; a Índia (4º maior gastador mundial em armamento) aumentou a despesa 4,3% para 83,6 mil milhões de dólares; o Japão aumentou a despesa em 11%, ou seja, 50,2 mil milhões de dólares; a Polónia aumentou 75% a despesa militar, 36,1 mil milhões de dólares.
Um dos países que mais aumentou percentualmente os gastos militares foi a Ucrânia, com 51% de aumento em relação a 2022, com um total a rondar os 64,8 mil milhões de dólares. Toda a despesa militar ucraniana vai para a dívida externa do país, uma vez que o país tem de importar quase tudo, desde as botas da tropa até ao míssil mais sofisticado. Apenas uma parte do esforço de guerra ucraniano beneficia de doações, a grande maioria dos fornecimento são importações que, um dia, terão de ser pagas.
É por isto que há pobreza no mundo.
