O futebol para lá das táticas, das quezílias clubistas, da violência das claques, dos interesses económicos, do egocêntrismo dos craques. É o que se aprende na Academia de Futebol do SC Beira-Mar.
Falamos da campanha “Passa esta bola”, que envolve os escalões etários mais baixos, mas é de pequenino que se torce o pepino. Uma campanha que pretende criar condições para modificar comportamentos agressivos de adeptos e atletas.
Um dos impulsionadores da campanha é Ângelo Ferreira. Pai de um miúdo que anda a aprender a jogar futebol, Ângelo diz que “o desporto tem que estar assente em valores humanos nobres, na solidariedade, espírito de entreajuda, na compreensão do outro, na compreensão de si próprio, na compreensão daquilo que são as capacidades e as dificuldades, as incapacidades de cada um.”
Na Academia do Beira-Mar, os miúdos são ensinados a respeitar as diferenças, porque “a competição, o jogo, tem o objetivo de se chegar ao golo e vencer. Mas isso deve ser feito com respeito por todos, com muito equilíbrio”, diz este pai mais interessado em ver o filho feliz do que stressado pela imposição de vencer o adversário.
Nestes escalões etários abaixo dos 11 anos, as equipas de futebol podem ser mistas. É o que acontece no Beira-Mar, onde tanto jogam meninas como meninos. Uma maneira interessante de promover a igualdade.
Os miúdos jogam futebol porque gostam, mas a pressão por vezes é tanta que desgasta e eles acabam por se frustrar e afastam-se das escolas de futebol. No Beira-Mar aprendem que importante não é só marcar golos. É importante passar a bola e não ser egoísta, jogar para a equipa. Contribuir para o sucesso coletivo.
Vídeos da campanha ‘Passa esta bola’ que podem ser vistos no Facebook:
https://www.facebook.com/100087431326308/videos/6729118790451590
https://www.facebook.com/100087431326308/videos/508075104798896
https://www.facebook.com/100087431326308/videos/1297340737528166
https://www.facebook.com/100087431326308/videos/475847931428666