LISBOA COBRA A BALA COM QUE NOS MATA

Na cidade de Lisboa já quase não há ruas sem parquímetros. Circular de automóvel na cidade e pretender estacionar sem pagar é, na prática, quase impossível, se não for residente local. São as regras impostas pela autarquia mais rica do país. Na verdade, uma boa parte dessa riqueza provém das taxas e multas aplicadas aos automobilistas, desde as multas por excesso de velocidade às multas de estacionamento.

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No caso da EMEL, a multa por estacionamento indevido é de 30 euros. No caso que me afetou, deixei o carro estacionado por cerca de uma hora. Teria pago 2 euros, talvez, se tivesse moedas para o parquímetro. Não tendo moedas nem a App da EMEL, arrisquei e perdi. Pagar 30 euros, quinze a vinte vezes mais que o valor do estacionamento, já é uma exorbitância, mas o pior é o que vem junto com a coima.

Além do valor da penalização, o prevaricador tem de pagar o bloqueamento, conforme consta no documento comprovativo do pagamento. O valor do bloqueamento é (para veículos ligeiros) de 73 euros. Isto já é um assalto e uma imoralidade. É o mesmo que na China se faz, quando o Estado cobra à família dos condenados o valor da bala com que foram mortos.

E o que será que justifica um valor de 73 euros pelo bloqueamento? A deslocação da viatura que transporta o bloqueador? Mas a viatura não traz só aquele bloqueador, está cheia deles. Não é um serviço, é um ajuste de contas, é uma extorsão, um saque, uma contribuição forçada para a economia da EMEL, da Câmara Municipal de Lisboa e das prebendas do Excelentíssimo autarca que governa a cidade.

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