A grande surpresa desta edição foi a presença de Olena Zelenska, a mulher de Zelensly. Acontece que, segundo agora foi divulgado, a presença dela foi feita à custa da retirada de credenciais a alguns jornalistas.
O site Grayzone, por exemplo, diz que meios de comunicação irlandeses e fontes próximas do CEO da Web Summit confirmaram que os seus representantes foram banidos da Web Summit, a pedido expresso de Olena.
O Grayzone é dirigido por Max Blumenthal, um jornalista norte-americano bastante crítico do “estado de guerra permanente” que tem marcado a política dos EUA.
Segundo publicou o jornal irlandês Irish Examiner, as presenças de Max Blumenthal e Aaron Mate, da Grayzone, “tinham sido cortadas do evento por insistência da primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska.”
Hoje, o site Grayzone adianta que Zelenska terá ameaçado Paddy Cosgrave, o organizador da Web Summit, de “aplicar uma influência significativa nos patrocinadores” se a cimeira não cancelasse a Grayzone, assim como o académico Noam Chomsky, que também tinha sido convidado a discursar. No final, Cosgrave negociou a presença de Chomsky deixando cair as credenciações aos jornalistas da Grayzone.
Uma segunda fonte próxima da Web Summit enfatizou a influência da primeira-dama ucraniana sobre o evento, explicando que Zelenska “teria sido capaz de fazer com que um grande número de pessoas se retirasse”, caso as suas vontades não fossem satisfeitas, lê-se hoje no Grayzone.
Desde o golpe de Estado de Maidan, apoiado pelos EUA em 2014, Kiev tem mantido mão de ferro sobre o fluxo de informação. Todos os meios de comunicação da oposição foram efetivamente banidos sob a supervisão de Zelensky. Muitos jornalistas que foram considerados incómodos por Zelensky tiveram de mudar de profissão, emigrar ou morrer subitamente numa viela de Kiev.
Há poucos dias, a Ucrânia retirou a acreditação a seis jornalistas da CNN e da Sky News. Por não terem respeitado as regras. Desrespeito evidenciado em imagens de pessoas amarradas em postes na via pública, acusadas de colaboracionismo com a Rússia, ou em imagens de ucranianos a empunharem a bandeira nacional e a fazer saudação nazi nos festejos da entrada das tropas em Kherson.