O CANO DA PESTILÊNCIA

A capacidade de reação do infrator, ao ser descoberto, é proporcional à necessidade de esconder o facto.

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Poucas horas depois de termos revelado a existência de um esgoto a céu aberto que, aparentemente, tem origem no Matadouro Regional de Mafra, a vala ficou seca.

Não há quem não fique contente com isto. É a prova provada de que vale a pena denunciar os trambiques que se fazem. O que não impede que se continue vigilante. O infrator pode reincidir. Neste caso, é bastante provável que venha a acontecer.

A existência do esgoto a céu aberto não é uma ocorrência pontual. Os testemunhos que recolhemos dizem que aquele líquido escuro e viscoso é habitual na vala que acompanha a estrada de Alcainça para Abrunheira. Estrada que passa no matadouro.

Hoje mesmo, alguém foi lá espreitar e deu com um cano, dissimulado no mato rasteiro, que surge por baixo de um muro exterior do matadouro. Hoje, o cano estava seco. Mas sujo de um líquido semelhante ao que foi visto na vala ao lado da estrada. É um indício sobre a origem do problema.

“Andei a ver e descobri este tubo virado para rua, na direção onde as águas sujas aparecem. Pode ser tubo de água da chuva… ou não”, diz-nos este munícipe que decidiu lutar contra o que considera ser “um crime ambiental”. Não parece ser tubo de água da chuva.

Se repararem no rebordo do tubo e na zona envolvente, há manchas escuras de cor muito semelhante à do líquido que está na foto abaixo e que publicámos no primeiro artigo sobre este problema.

ontem era assim, como se vê no lado esquerdo desta imagem

Se as autoridades que devem fiscalizar estas situações e agir em conformidade, aplicando as coimas que a lei estipular, atuarem com alguma rapidez, ainda é possível perceber o que tem estado a acontecer e seguir o rasto deixado pela pestilência. Se ficarem a dormir, teremos de esperar por nova oportunidade.

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