Tiroteio no bairro do Cerco, no Porto, na sequência do assassinato de um homem na noite de sábado, no Estádio do Dragão.
Uma rixa entre adeptos do mesmo clube é coisa que não se entende. Mas aconteceu durante os festejos da conquista do título nacional pelo FC Porto. Nesses festejos, um homem foi assassinado.
O morto chamava-se Igor Silva. Há quem acredite que o crime pode ter tido motivações raciais. Igor vivia em Ramalde, um antigo bairro operário do Porto. Ramalde é sítio de gente pobre.

O principal suspeito, detido e identificado pela PSP, chama-se Renato Gonçalves. Foi identificado pela PSP e está detido preventivamente.

Outro suspeito é o pai de Renato, Marco Gonçalves, de alcunha “Orelhas”. A família Gonçalves vive no bairro do Cerco, um dos maiores bairros sociais do Porto. Um sítio mal-afamado, onde pululam traficantes de droga e carteiristas. Detido pela PSP e interrogado no Ministério Público, Renato apenas confessou ser autor de uma das 12 facadas que feriram de morte a vítima. E que depois terá fugido do local. O pai “Orelhas” está igualmente indiciado de participação no crime, mas está em parte incerta. Marco “Orelhas” é um conhecido “animador” da claque Super Dragões.

Do tiroteio desta madrugada não houve vítimas, apenas ânimos exaltados. Foi dito que terá sido uma tentativa de alguém para vingar a morte de Igor. Disto tudo também se extrai a certeza de que os estádios de futebol são locais perigosos. E também se confirma que as claques dos clubes de futebol são santuários para criminosos. E a última certeza é que o futebol está a se transformar num circo romano. Nada disto é tolerável.