Ex-juiz Rui Fonseca e Castro, os avisos, ameaças e acusações

Rui Fonseca e Castro diz que quem não acredita nele é otário. No mais recente discurso proferido nas redes sociais, o antigo juiz, expulso da magistratura, fala em "controlo da população mundial" e acusa as principais figuras do Estado de serem assassinos, corruptos e pedófilos. Tudo e todos de uma só vez.

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O antigo juiz Rui da Fonseca e Castro apresentou recurso da sua expulsão da magistratura no Supremo Tribunal de Justiça. Segundo o jornal Expresso, que deu estampa a esta notícia, o recurso deu entrada no Supremo dia 7 de dezembro.

Enquanto juiz, Rui da Fonseca e Castro encabeçou uma campanha de difamação contra algumas figuras do Estado, nomeadamente o Presidente da Assembleia da República e definiu-se como líder de um movimento negacionista da pandemia com apelos à população para rejeitar a vacinação contra o covid-19.

O recurso agora apresentado não deverá ter acolhimento do Supremo Tribunal de Justiça. Rui da Fonseca e Castro acusa na praça pública sem apresentar qualquer prova do que diz, nenhum tribunal superior poderá aceitar tal comportamento. Aliás, não será de estranhar se, mais tarde ou mais cedo, Rui Fonseca e Castro vier a ser condenado por difamação, entre outras coisas.

Discurso ou delírio

Se no dia 7 apresentou o tal recurso, no dia 5 proferiu um discurso que, por si só, voltaria a ser motivo para o expulsar. Repetiu os insultos e acusações contra os mesmos de sempre, a saber:

1- Ferro Rodrigues é um “verme” e “pedófilo”, assim como Paulo Pedroso. O “baboush” António Costa será conivente com Ferro e Pedroso.

2- Eduardo Cabrita é apelidado de “assassino”, terá já (diz Rui Fonseca e Castro) dois homicídios às costas e a sua saída do Governo aconteceu apenas quando alegadamente houve garantias de que processos contra ele seriam arquivados.

3- O vice-Almirante Gouveia e Melo tem um tratamento carinhoso, é o “capitão Igloo” que foi, agora, substituído por um “veterinário”.

4- A ministra Francisca van Dunen é apelidada de “falsificadora”.

5- Paulo Portas foi mencionado como estando infetado pela “variante maricon”. Quanto a Portas, Rui Fonseca e Castro recuperou velhas histórias sobre a “Catherine Deneuve” de cabeleira loira que abusava de crianças que se prostituíam no Parque Eduardo VII (processo Casa Pia).

Por fim, Rui da Fonseca e Castro avisa (ou ameaça?) os agentes da polícia que colaboram com o regime de que “as coisas vão correr mal, quem estiver no lado colaboracionista pagará”.

Plano para controlar a população mundial

A diatribe inclui, ainda, o tema da pandemia e vacinação. As vacinas não passam de “substâncias experimentais” e andamos todos a ser enganados. A pandemia não é uma doença relevante, será antes uma espécie de ferramenta para acionar um plano de controlo da população mundial. “Estamos a lidar com mentirosos, que nos mentem do princípio ao fim”, avisa-nos o homem.

Os esforços para se tentar controlar uma doença contagiosa e nova são entendidos por ele como manobras. “Mentiram desde o início da pandemia”, diz Rui da Fonseca e Castro, concluindo que “a vida nunca voltará ao normal”, prevendo-se a morte (prematura, talvez) “de todos os que tomaram a vacina”.

Este tipo que foi juiz, treinado para julgar à luz da lei e das evidências, atreve-se a dizer que no futuro “não haverá propriedade, não haverá liberdade, as crianças de hoje serão os escravos do futuro” e, para mal dos pecados de muitos, até “o futebol parece estar com os dias contados”. “É o que acontece quando acreditamos em assassinos, corruptos e pedófilos”, remate final deste craque do direito. E quem não acredita nisto é apelidado de otário.

Apresentamos um excerto desse discurso que temos vindo a citar. Apenas o início…

fonte Blog Habeas Corpus

5 COMENTÁRIOS

  1. Nao defendo nem ataco o Rui Fonseca e Castro, mas porque os visados nao o processam com base no artigo 180 do CP? assim e atendendo ao nº1 do citado artigo, o Rui vai poder alegar a sua defesa que passara por provar a veracidade das acusações que faz… e se o Rui tiver provas pleníssimas?
    Nao arrisco a considerar que o Rui ta louco ou esta a cometer uma calunia, nem ninguém deve faze-lo sem que os visados o processem, e ele apresente sua defesa, o tribunal se pronuncie, e a decisão transite em julgado.–

    • Exactamente. É isso que ele deveria fazer. Se tem provas da corrupção, da pedofilia e do plano maquiavélico para tomar conta do Mundo, que as apresente em público e em tribunal. Ninguém melhor que ele, que foi juiz, sabe como fazer para mover um processo contra alguém. Agora, vir para a praça pública insultar outros, parece-me curto, uma desonestidade. A propósito, o senhor como se chama?

  2. O senhor Rui Fonseca e Castro
    está a dar um jeitão à direita,
    porque julga que se reforça com o “tás a ver!”.
    Ao centro com o PS governo, para quem o homem é uma distração.
    E à esquerda para quem faz o papel de papão.

    Todos sabemos que ele não representa nada. É oco. Mas continuamos a falar dele, porque não podemos falar apenas de futebol, o dia todo.
    A nossa vida política? Económica? O futuro dos nossos filhos? Preferimos falar de quem mistura pedofilia, com anti vacinas, com corrupção e ‘mais venha’. É pá! É giro.

    E chegamos a casa, depois de termos ido buscar os filhos ou de horas nos transportes coletivos. Calçamos as pantufas e jantamos a ver o telejornal que é uma telenovela barata. Feita para dar trabalho a certos jornalistas e visibilidade a políticos manhosos. Só!

    Amanhã recomeçamos. Metemos os miúdos na escolas em trabalhos forçados das 8h30 às 19 horas.
    E durante o dia vamos falando de um homem que os jornalistas alimentam.
    Porque têm medo de falar de coisas verdadeiramente importantes.
    E, se delas falarem, a maioria dos portugueses está-se nas tintas.

    Os portugueses nem sequer vão às reuniões de condomínio.
    E votar? É uma maçada!
    Já tínhamos um Ventura. Esgotou-se?
    Agora temos um Castro! Queremos pão e circo, tal como no tempo dos romanos. Ó larilas!

  3. Fez-me lembrar aquele vídeo que surgiu há uns anos relativo ao “posto de comando do movimento de libertação da cova da moura”. Em resumo: um dos momentos mais intelectuais da história da humanidade.

  4. Sem necessidade de comentários, ou de apreciações, este texto de Carlos Narciso convida-nos a refletir sobre a insanidade que decorrre na nossa Justiça
    .

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