O partido Chega, pela voz do seu mentor, admite retirar a confiança política ao militante que andou na via pública a disparar contra estrangeiros de nacionalidade sueca. Admite, mas não é certo que o venha a fazer. Tudo depende. Do quê, não se sabe. Talvez porque tendo ele disparado várias vezes contra um grupo de 2 adultos e sete crianças, não tenha acertado em nenhum. Tanta incompetência, não é? Uma vergonha.
Por outro lado, não deixa de ser notável que um autarca que mal tomou posse já tenha posto o nome da sua terra estampado nos jornais da Suécia. Há já quem diga que não existe outro “génio” igual no marketing em todo o concelho de Moura.
A advogada do senhor Vítor Ramalho já começou a esgrimir argumentos na contestação aos factos apurados pela Polícia Judiciária. Segundo Cristina Costa, o seu cliente, amigo e colega do Chega, “apenas está acusado de tentativa de homicídio qualificado” e não percebe de onde veio a ideia do “ódio racial”.
Uma das características mais notáveis deste partido político é a capacidade revelada em atrair os maiores grunhos de cada terra, os broncos mais irracionais. Foram vários os casos expostos à opinião pública durante a recente campanha eleitoral para as autarquias. Este que se passou, agora, em Moura, é apenas mais um, mas talvez o mais grave.
Por fim, o deputado Ventura não poderá vangloriar-se de nunca ter privado com promitentes bandidos. O senhor Vítor Ramalho vai ter muita dificuldade em escapar a uma condenação.
Recordando os acontecimentos, Vítor Ramalho, eleito pelo Chega para a Junta de Freguesia da Póvoa de S. Miguel, em Moura, perseguiu pela via pública uma família de estrangeiros de nacionalidade sueca, contra os quais disparou pelo menos três tiros quando as 7 crianças e os progenitores estavam dentro da autocaravana onde viajam. Para perceber as motivações do tresloucado, leiam o artigo anterior.