A direita europeia esteve reunida em Lisboa. Cumpriu com as orientações do Governo socialista no que respeita à contenção da pandemia, portou-se bem, o que não deixa de ser uma espécie de contradição, uma vez que o anfitrião diz ser contra o sistema.
Estiveram todos na mesma sala, mas não disfarçaram os problemas conjugais em que vivem. Rio foi dizer que o PSD não é um partido da direita, Passos Coelho veio ver como o “afilhado” está crescidinho.
Uma dirigente da Iniciativa Liberal recusou participar, com o argumento de que é preciso “preservar a espinha dorsal” e avisou que o MEL (Movimento Europa e Liberdade) é um “projeto de federação desenhado nas sombras”. Ou seja, o IL foi o único partido a marcar pontos, apesar de ter estado representado ao mais alto nível nesta convenção.
À esquerda, o MEL é um sinal dos tempos, a convenção reuniu um bando de dissimuladores políticos que usam a palavra “liberdade” quando a querem sonegar. O cartoon é de Hélder Dias, como sempre no Duas Linhas.