No meio hospitalar são bastante conhecidos e acarinhados, tanto pelo pessoal hospitalar como pelos doentes. Já apareceram em programas de televisão, já falaram na rádio e até os jornais já publicaram histórias sobre estes Palhaços d’Opital.
Mas o reconhecimento e a manifesta utilidade pública não parecem ser suficientes quando chega o momento da retribuição. Não falamos de pagamentos remuneratórios, falamos de apoios logisticos, apenas. Por exemplo, os Palhaços d’Opital precisam de um sítio onde guardar instrumentos musicais, guarda-roupa, todo o tipo de adereços que são necessários para as atuações, onde possam ensaiar. E não conseguem…
Nas redes sociais corre o desabado do diretor artístico do grupo. “Só queremos um espaço para trabalhar. Um espaço para a Palhaços d’Opital guardar as suas coisas! Um espaço para ensaios e trabalho de backoffice!!”, escreve Jorge Rosado.
“As respostas são sempre as mesmas! Mas como podemos trabalhar se não temos o mínimo??? Não acredito que na cidade de Coimbra não haja um espaço!”
Ninguém acredita. Mas, Jorge Rosado está “cansado de bater a portas, de ligar a pessoas, mandar e-mails….e nada! Queremos um espaço para trabalhar e continuar a levar a missão da Palhaços d’Opital aos nossos adultos e mais velhos em hospitais!”
O apelo publicado nas redes sociais, destina-se a criar pressão sobre entidades públicas que consigam ajudar a resolver um problema tão simples. Todas as autarquias deste país têm sempre casas devolutas, armazéns sem préstimo, palacetes sem função. Está aqui uma oportunidade de mostrarem serviço ao tornarem útil um espaço desocupado.
Numa curta “conversa” por meios digitais, Jorge Rosado informou-nos que os Palhaços d’Opital são uma associação cultural sem fins lucrativos, fundada em 12 de fevereiro de 2013, que trabalha em hospitais há mais de 11 anos, em todo o país. Disse-nos ainda que a demanda por instalações é uma constante imutável: “Já tivemos vários espaços. Como fomos crescendo houve a necessidade de aumentar o espaço de trabalho.”
É o que está a acontecer de novo, agora.