O NOVO LÍDER DO HAMAS

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O assassinato de Ismail Haniyeh não fez parar o Hamas. Não seria essa, sequer, a intenção de Israel. Para o atual governo israelita, a ideia é continuar a guerra, prosseguir com o genocídio dos palestinianos e, para isso, era preciso matar o negociador palestiniano, o homem que estava disposto a chegar a um entendimento com os mediadores que estão a tentar desenhar um acordo de cessar-fogo e de libertação de reféns.

Haniyeh morto, foi substituído por Yahya Sinwar, um homem que passou 25 anos nas cadeias israelitas. Na Palestina, a figura de Sinwar é muito respeitada. Não esperem que ele seja uma espécie de Mandela. O novo líder está referenciado como tendo sido um dos mentores do ataque de 7 de outubro de 2023.

De certo modo, Netanyahu deverá estar contente pelo Hamas ter escolhido um sucessor da linha dura. O líder israelita precisa de oponentes para se manter no poder, rodeado por aliados extremistas. Talvez a figura de Sinwar, revolucionário, combatente, se encaixe nesse protótipo de adversário ideal imaginado por Netanyahu, menosprezando a evidência histórica de que há sempre alguém que acaba por nos vencer.

Yahya Sinwar num recorte de um cartaz de propaganda do Hamas

1 COMENTÁRIO

  1. Armados até aos dentes dum lado e doutro. Também aqui la vendetta si serve fredda! E não é, de facto, nem se espera que, um dia, venha a ser um bom sonho a comandar a vida destes bem maquiavélicos ‘príncipes’!

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