Os EUA afirmam que quem venceu as eleições na Venezuela foi Edmundo Gonzalez e que Maduro fez batota. O secretário de Estado Antony Blinken disse que “Edmundo Gonzalez Urrutia ganhou o maior número de votos nas eleições presidenciais de 28 de julho na Venezuela”, mas não esclareceu se se trata de mera convicção.
A credibilidade de Blinken está severamente danificada, desde que o seu governo e ele próprio não contrariam o genocídio dos palestinianos que Israel leva a cabo.
É certo que as declarações de Blinken são o anúncio de que os EUA pretendem promover a mudança de regime na Venezuela. No “quintal” dos EUA os inimigos são combatidos sem dó nem piedade, conforme sabemos pelos últimos 60 anos de embargos e sanções económicas a Cuba, por exemplo. Daí a conseguirem que os regimes caiam, é outra coisa. Mas os povos sofrem, sim.
O conselho eleitoral da Venezuela proclamou Maduro, no poder desde 2013, vencedor das eleições de 28 de julho com 51% dos votos, contrariando as expectativas criadas por sondagens que davam vitória à oposição. Já aconteceu o mesmo noutras latitudes, é sabido que sondagens eleitorais falham, podem até ser manipuladas de modo a criar “estados de espírito”, mas Blinken não se referiu a esses imponderáveis.
A declaração de Blinken não chegou ao ponto de ameaçar com novas sanções contra a Venezuela, mas ele referiu-se a uma possível “ação punitiva”. Fomentar a rebelião? Um atentado contra Maduro? Não sabemos, mas não seria a primeira vez que essas coisas acontecem no “quintal” dos EUA.
Os presidentes do Brasil, México e Colômbia pediram que a Venezuela divulgue a contagem detalhada dos votos, como meio de terminar com as dúvidas. A Comissão Nacional de Eleições da Venezuela diz estar a recontar os votos e que, com cerca de 90% da tarefa concluída, mantém a vitória de maduro com quase 52%.
Excelente artigo. Gostei. cada vez mais precisamos desta informação isenta para nos livrarmos da intoxicação permanente da C.S.. Obrigada