O Governo de Montenegro continua a permitir que o preço dos combustíveis aumente semanalmente e, na próxima semana, teremos gasolina 95 a 1,727 €/l e o gasóleo a 1,589 €/l. Se a memória não nos falha, será a terceira semana de aumentos sucessivos.
As razões são as do costume, mas não convencem ninguém. O Governo pode impedir os aumentos ou, pelo menos, mitigá-los. Prova disso é que as chamadas gasolineiras lowcost vendem mais barato. Podem dizer que as lowcost prescindem de parte da margem de lucro, matéria empresarial e que não diz respeito à política. Mas há regiões do país onde o preço dos combustíveis é bastante mais barato por decreto governamental.
NOS AÇORES É MUITO MAIS BARATO
Reparem bem que o preço dos combustíveis nos Açores não vai sofrer alterações em julho, com a gasolina a custar 1,570 euros por litro e o gasóleo 1,405 euros, de acordo com um despacho publicado pelo Governo Regional no Jornal Oficial.
Já em junho, o preço da gasolina apenas subiu 0,3 cêntimos, de 1,567 para 1,570 euros por litro, e o preço do gasóleo desceu três cêntimos, de 1,435 euros por litro para 1,405.
O gás butano vendido em garrafas, canalizado ou em granel também mantém o preço, variando entre 1,348 euros por quilograma (a granel) e 1,618 euros por quilograma (garrafa de 24 litros, construída em materiais leves, vendida ao público, no local de consumo).
Por decreto, os preços máximos dos produtos petrolíferos e energéticos nos Açores são alterados apenas no primeiro dia de cada mês. Não sobem quando o “mercado” quer. E mesmo no dia 1, apenas sobem se o Governo Regional decidir que vai aumentar.
Se não quiser impor preços, o Governo português podia baixar o Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP), tal como António Costa fez durante a pandemia. A colecta do Tesouro não perderia dinheiro se a descida do ISP fosse proporcional à subida dos preços.