Estou a pensar em qual a primeira palavra a usar num desabafo. A vida obriga-nos a ser fortes, mas é tão difícil ser forte todos os dias! Caminhar de forma contínua num deserto, na esperança de encontrar um oásis antes das forças falharem. O GPS do telefone não reconhece o destino oásis, mas sinto uma imensa saudade do mar mediterrâneo. Tudo se resume a tempo. A quanto tempo nos resta e à forma como estamos a usar o nosso tempo.
Acredito que a maioria das pessoas, de uma forma ou outra, sofre da doença a que chamamos de ansiedade. O grau de exigência a que estamos sujeitos por este sistema é tão feroz e perverso, que deixamos de conseguir apreciar um pôr do sol, ou simplesmente um céu estrelado ou usufruir de uma noite de sono, tranquila, sem fazer contas de cabeça de quanto tempo temos para descansar.
Isto que estou a escrever serve para quê?!! Não serve para nada! Vivemos em sociedade, mas estamos cada vez mais sozinhos. Para os crentes existe um céu… um lugar perfeito, onde não há qualquer dor ou sofrimento, onde as pessoas são felizes e onde não existe espaço para a perda, para a doença e onde todos são livres. Era giro que existisse união para criar uma réplica desse céu aqui na terra. Gostava que fosse possível aquele ideal bíblico de amar até os nossos próprios inimigos. Amar um inimigo pode ser uma utopia, mas existe um milagre em que acredito… no amor! Na minha perspetiva, amor é a única coisa que cria um sentido à vida. Por amor lutamos contra o medo e as incertezas. Não sei se algum dia irei encontrar esse maravilhoso oásis… mas por amor vou continuar a caminhar com todas as minhas forças até onde a vida me levar.
Este é o momento em que começo a apagar todo o texto por o considerar um pouco ridículo, mas… que se dane, em princípio ninguém vai ler. A vida é muito condicionada, mas ainda somos livres para dizer umas coisas, por isso… fica este pequeno desabafo. E um forte abraço a todos aqueles que sentirem necessidade de ser abraçados
Bom dia. Lí este artigo com muita atenção e percebo bem o que está a transmitir. MAS não é necessário viver desta maneira.
“Era giro que existisse união para criar uma réplica desse céu aqui na terra.”
Existe, sim. É uma questão de mudar dos hábitos internos, voltar à fonte e ser “o ser humano” autónomo e autêntico. Nascemos felizes, livres e com capacidade de amar…. Depois “o sistema acontece” e estamos todos 🙁
Eu não acredito que falar dos problemas ou tomar quimicos ou lutar e exibir força vai mesmo ajudar uma pessoa livrar-se dos problemas ou de ansiedade (mas este método é mesmo bom para ganhar dinheiro); nem é necessário lutar contra “medo e incertezas”. Estas coisas só tiram a energia e o tempo.
O que faço é ensinar um indivíduo “voltar à fonte”, “ser o ser humano”.
Venham experimentar.
p.s. Se este meu “ensino” fosse uma disciplina na escola, qual seria o nome?