GOVERNO COM MAIS UM PROBLEMA

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Segundo alguns observadores, ainda não perentoriamente desmentidos por fontes oficiais, terão estado para cima de 100 mil professores na manifestação de hoje. Uma manifestação desta dimensão, que mobilizou fundamentalmente apenas uma classe profissional, não pode deixar de ter consequências. A não ser que os governantes já tenham entrado numa realidade virtual qualquer.

O principal organizador deste evento, o sindicato STOP, acusou o Governo de tentar diminuir o impacto da manifestação, ao ter enviado as forças policiais barrar o avanço sobre Lisboa dos autocarros que transportavam manifestantes.

Segundo o STOP, mais de 100 autocarros foram mandados parar e minuciosamente inspecionados. O zelo policial foi ao ponto de revistar as bagagens, as mochilas, as malas e as pastas dos professores. Deve ser assim que procedem com as matilhas das claques futebolísticas. E as rotinas são difíceis de contrariar.

É verdade que a GNR negou que houvesse alguma intenção menos democrática nesta ação fiscalizadora. Em comunicado, a GNR apenas admite que  “podem ter sido aleatoriamente fiscalizados veículos pesados de passageiros, tal como vários outros veículos”.

No imediato, a principal consequência de uma manifestação desta dimensão é a exaltação, o ânimo, o renovar de forças para uma luta laboral que só vencerá se crescer. O Governo está com mais um problema.

1 COMENTÁRIO

  1. Cem mil pessoas não são quinhentas, de facto!
    E depois são docentes, com boa percentagem de apoio dos alunos.
    Haverá problemas sérios e a Escola tem de mudar, para bem de todos.
    Mas, a ser verdade, parece que há aqui uma perversão nesta atitude de se impedirem autocarros de avançar com pessoas pacíficas – são professores – quando o transporte de desordeiros, rumo aos desacatos, chega sem problema…

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