A frase batida “se conduzir não beba” não deixa de ser um slogan publicitário engraçado, mas não surte efeito. Os acidentes em que intervêm condutores alcoolizados continuam a causar vítimas, como foi o caso da artista Claudisabel, morta num acidente no passado dia 19.
O condutor do veículo que abalroou o carro de Claudisabel acusou uma taxa de alcoolémia acima do limite legal e corre, agora, o risco de ser acusado de homicídio por negligência.
Nas últimas 24 horas, a GNR deteve 49 pessoas por excesso de álcool no sangue, dado divulgado num comunicado a propósito da Operação “Ano Novo”. Relativamente à sinistralidade rodoviária, a GNR registou 230 acidentes, dos quais há a registar três feridos graves e 53 feridos leves.
Em relação ao acidente onde morreu Claudisabel, o teste de alcoolémia ao condutor foi feito no local e a GNR solicitou à equipa do INEM a recolha de sangue ao condutor para se efetuar uma contraprova laboratorial. Nesse segundo teste, irá confirmar-se o teor de álcool no sangue, no momento do acidente, e a eventual existência de substâncias psicotrópicas também.
Se se confirmar a acusação de homicídio por negligência, e caso venha a ser considerado culpado, pode acontecer que seja condenado a pena suspensa. É o que prevê a lei para penas de prisão até 5 anos, onde cabe o homicídio por negligência.
Uma pena suspensa pela vida de uma pessoa. Há quem ache pouco. Injusto.