Mais de 3 mil automobilistas foram condenados a penas de prisão em 2021. Excesso de velocidade e álcool no sangue foram as principais causas das condenações. Em 2022 os números deverão ter continuado a subir, estimam as autoridades.
Dos mais de 3 mil condenados, apenas 390 cumpriram penas efetivas de prisão. Os restantes ficaram com pena suspensa e convertida em multa. Quem conduz com uma taxa de álcool superior a 1,2 gramas por litro de sangue, está a cometer um crime, à luz da lei em vigor.
Aumento exponencial em 2022
Os dados preliminares relativos a 2022 dizem que o número deste tipo de infrações continua a aumentar. Segundo a GNR, em declarações à Revista ACP, “temos um aumento de 50% em relação ao ano anterior”. A PSP diz que “mesmo comparativamente ao ano 2019, pré-pandemia, há um aumento expressivo de infrações”.
Este ano, até agora, o número de condutores apanhados com taxas proibidas de álcool no sangue aumentou em cerca de 60% e as detenções aumentaram 77%, o que significa que se anda a beber muito mais do que era habitual. Em números absolutos, significa que mais de 18 mil condutores foram multados por excesso de álcool, cerca de 3 mil por mês, ou seja, 100 por dia.
Natal e o Ano Novo ajudam “à festa”
Para se ter a noção da quantidade de alcóol que se anda a beber, é preciso saber que, por exemplo, um homem de 75 quilos que beba dois copos de vinho (125 ml) com um volume alcoólico de 13% à refeição, terá uma taxa de álcool no sangue de 0.4 g/l. Precisará de beber 6 copos de vinho para ultrapassar a taxa crime.
Mas há variáveis, como a quantidade de comida sólida que se ingere com a bebida. Se comer mais, a taxa de alcoolémia desce. Com outro tipo de bebidas, whiskey, gin, licores, aguardentes, de teor alcoólico elevado, não precisa de beber tanto para cometer crimes ao volante de um automóvel.