Cristo e José não são personagens de um presépio, mas protagonistas do escrito alegórico de autoria de Isabela Figueiredo, recentemente publicado. É costume as editoras guardarem as melhores apostas para as épocas de maior consumo e o Natal é a altura em que se vendem mais livros. Este livro será, talvez, aquele que melhor se adapta a esse ambiente. Não só porque fala de Cristo (o cão) e de José (o amigo do cão), mas também porque nos relembra a rebeldia revolucionária e a propalada opção pela pobreza de Jesus Cristo. É evidente o paralelismo entre os relatos bíblicos e a história destes Cristo e José.
É um livro bandeira, no sentido em que nos guia no caminho pelo respeito e pelos direitos dos animais. Poderá ser livro de cabeceira para ativistas do IRA ou militantes do PAN, dependendo se se posicionam mais à direita ou à esquerda. Ou para os que apenas gostam de animais.
Eu diria que “Um Cão no Meio do Caminho” é uma boa história.
“Uma boa história”, é sempre o melhor pretexto para uma leitura amena. E se simbólica em relação ao período natalício, torna-se quase urgente, apesar dos outros (tantos…) apelos.
As palavras deste texto de Carlos Narciso levantam um bocadinho do véu, numa síntese que nos cativa e convida a conhecer o miolo do livro.
Obrigado pelo comentário. O livro merece o elogio.
O livro merece, mas sem a sua chamada de atenção, menos gente o conheceria.