As primeiras imagens do gasoduto russo sabotado foram agora publicadas e mostram um dos tubos completamente rebentado. A polícia dinamarquesa garante que os danos foram provocados por fortes explosões, informou esta terça-feira a agência Reuters.


As imagens foram obtidas com recurso a um drone subaquático privado e, segundo um jornal sueco, o Expressen, provam que desapareceu uma seção do gasoduto com cerca de 50 metros de comprimento.
As investigações das várias agências policiais com jurisdição na área, nomeadamente a polícia dinamarquesa, não indicaram ainda qualquer suspeito da autoria do atentado. Há quem diga que foram os próprios russos a explodir com o seu próprio gasoduto. Uma teoria hilariante e que é rejeitada em absoluto pelo Governo da Rússia.
Para usar o Nord Stream como arma na guerra contra a Ucrânia e criar dependência energética na Europa, teria sido mais lógico rebentar com outros gasodutos que existem na região e que levam crude e gás natural dos offshores dinamarquês e britânico para as refinarias em terra.
O operador dinamarquês Energinet inspecionou os seus próprios oleodutos na sequência dos danos causados ao Nord Stream 1 e 2, mas disse que não encontrou nada de anormal.
A Rússia, que construiu os dois Nord Stream com parceiros estrangeiros, diz que a sabotagem foi executada pelos Estados Unidos e seus aliados.
Da maneira como as coisas estão, vai ser muito difícil evitar que os preços da energia continuem a aumentar. A Rússia fornecia 40% das necessidades europeias e, por mais que os produtores do Golfo Pérsico, africanos ou mesmo os EUA tentem extrair, a distribuição do produto não está garantida, principalmente devido a questões logísticas.
A QatarEnergy, um importante fornecedor global de gás natural, disse que estava a trabalhar para expandir a sua produção e comércio de gás à medida que a procura aumenta, mas disse que não iria prejudicar compradores asiáticos por causa dos problemas da Europa.
Em Portugal, a GALP já avisou que o seu principal fornecedor de gás, a Nigéria, informou que vai reduzir as entregas de gás natural, alegando dificuldades na produção devido a problemas técnicos provocados pelo mau tempo.
Na zona a norte de Lisboa, um dos principais fornecedores de lenha costuma vender a cerca de 100 € a tonelada. Veremos o preço a que vai vender agora.
