ÉTICA, lição de António Costa

A declaração foi editada. São 27 segundos, apenas. Mas resultam num discurso eloquente. Vinte e sete segundos de vergonha para todos os que fazem chicana política e todos os que praticam a subserviência nas redações de jornais, rádios e televisões.

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António Costa falava aos jornalistas no Palácio de Belém, pouco depois de terminada a cerimónia de posse de Isabel Rodrigues no cargo de secretária de Estado da Igualdade e das Migrações, em substituição de Sara Guerreiro, que pediu a demissão do executivo por motivo de saúde.

Quando, de repente, surgiu a notícia do pedido de demissão da secretária de Estado da Igualdade e Migrações, arrebitaram-se as orelhas da oposição ao Governo e nas redações que anseiam pelo escândalo. Na mente de todos eles, a questão pungente dos russos com ligações ao Kremlin que pululam pelas autarquias e ONG que recebem ucranianos fugidos da guerra.

Um canal de televisão terá passado horas a especular sobre a demissão e a substituição da secretária de Estado. As notícias indiciavam uma causa para a demissão da secretária de Estado. Um exemplo? Este:

“No dia 8 de abril, a embaixadora da Ucrânia em Portugal tinha afirmado à CNN Portugal que, numa conversa telefónica, alertou a Secretária de Estado da Igualdade e Migrações para o facto de existirem associações com ligações a Putin a acolherem refugiados ucranianos.

Sara Abrantes Guerreiro foi exonerada como Secretária de Estado da Igualdade e Migrações. Numa nota publicada no site da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa anuncia que aceitou, para o mesmo cargo, a nomeação de Isabel Maria Duarte de Almeida Rodrigues.”

António Costa veio pedir contenção e modos, a todos. Marcelo Rebelo de Sousa veio jurar que a demissão não tinha causas políticas, mas muitos desconfiam sempre do que ele diz. Mas, na verdade, trata-se de um problema do foro íntimo de Sara Abrantes Guerreiro.

Sara Abrantes Guerreiro

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