Seca meteorológica agrava-se

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A previsão de chuva continua a zero. O nível de água nas barragens e rios continua a baixar. A seca não implica apenas alguns incómodos para a população. É um prejuízo para a atividade agrícola e um autêntico desastre ambiental, principalmente para a fauna e flora ribeirinhas. Sem água, os peixes morrem. As plantas secam.

A necessidade de poupar água torna-se, assim, numa urgência. Algumas cidades estão já a implementar projetos que vão viabilizar as regas dos jardins públicos com águas residuais. Na verdade, uma medida que já deveria ter sido implementada há muito. Não faz sentido nenhum regar jardins com água potável.

Lisboa vai começar a reaproveitar 1200 m3 de águas residuais para regar as zonas verdes do Parque das Nações. A empresa Águas do Tejo e Atlântico está já a transformar mais de 100 estações de tratamento de águas residuais (ETAR) que possui em fábricas de água, com tratamentos diferentes para cada uso, de regar à lavagem de estradas. Vai ser necessário instalar mais condutas para conduzir a água reciclada até às zonas de rega.

No Algarve, os campos de golfe vão ter o mesmo tratamento. Hoje, apenas dois dos 40 campos de golfe algarvios são regados com água proveniente de estações de tratamento de águas residuais, mas isso vai ter de acabar. A albufeira da Bravura está a 12% da capacidade. A pouca água que resta já só pode ser utilizada para abastecimento público.

Substituir relvados por prados de sequeiro

Um dos bons exemplos sobre poupança de água está na substituição de relvados por prados de sequeiro. As cidades não precisam de jardins que se pareçam com campos de futebol. O relvado consome demasiada água. O prado de sequeiro é verde no inverno, verde e amarelo na primavera e outono e completamente amarelo no verão. É diverso e não consome água.

prado de sequeiro, Parque da Bela Vista, Lisboa

A autarquia de Loures já tem prados de sequeiro na Cidade Nova e Santo António dos Cavaleiros, Lisboa tem para mostrar os prados que substituíram os relvados no Parque da Bela Vista.

O IPMA prevê que as condições de seca se agravem e que na primavera mais de metade do país esteja em situação de seca extrema. Março e abril vão ter alguma chuva, mas pouca.

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