Montou a tenda no passeio mesmo em frente à escadaria do parlamento. Quando a Assembleia da República reabrir, com novos deputados e novos partidos, veremos quem se aproximará deste homem para o escutar, “para que aqueles que dizem que lutam contra a corrupção façam das suas promessas atos”, escreveu Joaquim Oliveira no seu Facebook.
Digamos que a “carapuça” serve a todos os grupos parlamentares e deputados únicos. Não há partido político que não venda ideias sobre como combater a corrupção.
Mais uma vez, a PSP revela uma atitude de grande respeito pelos direitos de manifestação deste homem, em protesto permanente contra várias personalidades e instituições do Estado que, segundo ele, se conluiaram para o espoliar de todos os seus bens, nomeadamente terrenos e casas que possuía em Albufeira, no Algarve.
Joaquim Oliveira diz que a polícia tem sido “do melhor, vem até aqui conversar e perguntam sempre se é preciso alguma coisa. Mandei um email para o primeiro ministro e um chefe disse que ia pedir ao comissário de serviço para que eu fosse atendido o mais rápido possível.”
Assembleia da República continua fechada
Depois de 85 dias acampado em frente ao Palácio de Belém, Joaquim Oliveira foi aconselhado a mudar o local do protesto, uma vez que o assunto poderá ter algum acolhimento junto de quem tem poder para intervir: Governo, grupos parlamentares ou deputados individualmente.
Para reabrir a Assembleia da República falta apurar, ainda, os resultados definitivos das eleições legislativas de 30 de janeiro. Isso só poderá acontecer depois de contados todos os votos dos emigrantes. Hoje, seis dias depois das eleições, o site da Comissão Nacional de Eleições ainda dava por contabilizar 27 consulados, sem especificar quais. Isto é, ainda faltam eleger 4 deputados.
Acho que a mudança de local é positiva. . . .