Portugueses enganados como criancinhas

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Na ânsia de ficarem ricos, muitos têm caído no logro. Acreditam nas promessas de ganhos avultados sem terem de mexer uma palha e acabam por ficar sem o dinheiro. O esquema das criptomoedas é velho mas continua a funcionar. Há sempre uns que caem nas histórias tipo “Dona Branca” e a publicidade enganosa acaba por atrair cada vez mais gente.

A boa noticia é que a polícia anda no encalço destes marginais e um deles foi ontem detido, em Espanha, por suspeita de ser “um dos maiores burlões com investimentos em criptomoedas a nível europeu”, divulgou a Guarda Civil em comunicado.

Burlão detido em Espanha

A detenção deste alegado burlão, de nacionalidade portuguesa, aconteceu em Valença. A identidade do detido não foi divulgada.  De acordo com a polícia espanhola, a operação chamada “BITDROP” permitiu a detenção de um homem de 45 anos, de nacionalidade portuguesa, que é acusado de sete crimes de fraude e de branqueamento de capitais.

O detido criou uma plataforma de investimento em criptomoedas numa página na Internet, que foi divulgada através de vários fóruns, programas de rádio, eventos desportivos e até eventos de caridade, a fim de atrair a atenção e o investimento de numerosas pessoas em Espanha e em Portugal.

Mulheres atraentes servem de isco

Na Internet é vulgar encontrar esse tipo de anúncios, por vezes camuflados. Quase sempre simulam ser notícia, apesar de estarem identificados com a sigla “pub” que significa publicidade. Mas ninguém avisa as pessoas que se trata de publicidade criminosa.

Os textos são antecedidos por fotografias de mulheres que aparentam viver sentadas em cima de um pote de notas e o conteúdo dos textos é um estendal de maravilhas relacionado com ganhos avultados e vida fácil. Tudo mentira, como é óbvio para todos, menos para os incautos que embarcam nestas tretas.

Não se percebe como é possível haver anúncios de alegadas burlas que circulam livremente pelos sites comerciais, como se fossem produtos fiáveis. Pelo vistos, nada na lei penaliza estas práticas, ou então trata-se de mais um caso de desleixo de quem devia fiscalizar e prevenir este tipo de atuações. A verdade é que as empresas, como é o caso da Google, por exemplo, as de redes sociais como o Facebook, comercializam estes produtos criminosos, ganham dinheiro com essa prática, mesmo sabendo que estão a prejudicar os utentes.

No caso vertente, que levou à detenção agora divulgada pela Guarda Civil espanhola, como se pode ler no site do ABC España,  o burlão oferecia um rendimento mínimo de 2,5% por semana aos investidores, foram identificadas várias vítimas em Espanha e descobriu-se que o homem preso, “que tinha um elevado nível de vida”, tinha também cometido crimes no Luxemburgo, Suíça e Portugal. Esta notícia mostra um vídeo com carros de luxo que foram apreendidos na operação policial e que pertencerão ao alegado burlão português.

O total de bens apreendidos ascende a mais de dois milhões e meio de euros, segundo a polícia espanhola.

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