Felizmente Cabrita demitiu-se. Foi de certeza a primeira vez que um ministro não assumiu as suas mínimas responsabilidades de cidadão, culpando um motorista de um acidente rodoviário escandaloso!
O ministro Cabrita lavou as mãos do acidente que vitimou um infeliz homem, chefe de família, pai de duas crianças, que agora recebem 43 de euros indemnização mensal, cada uma. Vergonha!
O veículo do ministro circulava a 166 km/h. E não se sabe se estava devidamente assinalado como veículo prioritário.
Mas qual era a final a pressa do ministro? E o ministro Cabrita ainda se atreve a dizer que era apenas um passageiro?!
COMITIVA A 200 KM /HORA
Já andei uma vez no encalço de uma comitiva automóvel a 200 km/h em estradas secundárias alemãs, no caso tentando acompanhar pela RTPi José Lello, que já faleceu. E claro, perdi-o. Os carros de José Lello voavam para ele cometer à ‘proeza’ de estar presente em quatro jantares na mesma noite. Depois repetia sempre de ‘improviso’ o mesmo discurso e meia hora depois recomeçava a loucura. A prioridade servia para isto!
CABRITA É UMA PÁGINA NEGRA DA DEMOCRACIA
O comportamento do ministro Cabrita é uma das páginas mais vergonhosas da democracia portuguesa. É o pior exemplo cívico de sempre: não teve cuidado na condução do veículo, dando ordens legais ao motorista. Consta não ter saído do carro quando do acidente. Não foi ao funeral do pobre homem. Não abraçou a infeliz mulher e as tristes crianças. E deixou que fossem atribuídas pensões obscenas. 143 euros à mulher do pobre trabalhador.
Nunca se percebeu, porque razão Cabrita não foi para o olho da rua, logo na primeira das várias ‘escorregadela’ no Governo. Não se entende como é que António Costa não o pôs na rua, logo seguir ao acidente. E ainda veio falar de ‘ataques políticos’.
PORTA ESCANCARADA PARA RUI RIO
Medina não aguentou com o peso da Margarida Martins. António Costa vai arcar com o peso de Cabrita. E abre a porta à Rui Rio.
Percebo agora a clarividência de Manuela Ferreira Leite quando na Assembleia da República acusou Cabrita de ‘incompetente’. Agora bem pode acrescentar (o que, por aí, todos dizem): cobarde! Que felizmente se demitiu… de um cargo que nunca devia ter ocupado!