Comprar casa está cada vez mais caro

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Os preços do imobiliário subiram 6,6%, segundo o Instituto Nacional de Estatística. Subiram mais nas habitações novas (6,9%) e um pouco menos nas casas em 2ªmão (6,5%).

A estatística diz respeito ao periodo de abril a junho de 2021, quando se venderam 52.855 habitações. O mercado parece estar a reanimar. Estas vendas representam um aumento superior a 58% relativamente ao trimestre anterior. É o desconfinamento a influenciar as espetativas das pessoas.

Em valor, no trimestre em análise, as habitações transacionadas contabilizaram aproximadamente 8,6 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 66,5% em termos homólogos.

Onde se vendeu mais foi na Área Metropolitana de Lisboa, com 38% do total de casas transacionadas no país.

O que se constata é que, em termos percentuais, o aumento do preço e da receita é bastante superior ao aumento do número de vendas, o que significa que a margem de lucro foi dilatada. Ou seja, quem vende está agora a ganhar mais do que fazia antes. Nas circunstâncias em que todos vivemos, isto revela falta de consciência social.

3 COMENTÁRIOS

  1. Os vistos gold nas zonas de Lisboa e Porto vão acabar no início do próximo ano. Também no início do próximo ano se vai ficar a saber do impacto das moratórias, que se espera baixo. Estes dois factores podem levar a uma baixa de preços. Os preços das casas vão ser um dos temas principais da política dos próximos anos, uma vez que o desvario de preços que temos vindo a assistir, vai ter cada vez mais impacto na vida das pessoas.

  2. O aumento deve-se há grande procura feita por cidadãos estrangeiros que em número está vindo para Portugal para viver. Em Lisboa, nas localidades da linha de Cascais e na margem sul, Almada e Seixal, os vendedores imobiliários têm falta de casas para venda com as características pedidas por estes compradores. Os jovens portugueses não têm capacidade para adquirirem casa nestas condições.

  3. Talvez, mas também não há habitação a preços controlados. Os construtores preferem fazer casas de luxo, onde podem ter margens de lucro indecentes, e o Estado nunca se empenhou na construção de habitações a preços acessíveis para a maioria da população.

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