Cascais tem uma “incubadora” de artistas que tem contribuído para o surgimento de grandes nomes do teatro em Portugal. Pela Escola Profissional de Teatro de Cascais passaram jovens que são, hoje, nomes sonantes do teatro, do cinema e das novelas televisivas, casos de Sara Matos, João Vasco, Zita Duarte, António Feio, Alexandra Lencastre, Diogo Infante ou José Wallenstein, só para citar alguns.
É uma obra de que Carlos Avilez se deve orgulhar e à qual, de resto, o encenador tem dedicado a vida.

A fornada do curso 2018/2021 está pronta para entrar em cena. Os jovens atores estão agora a terminar três anos de formação, muitos deles já começam a ser contratados em termos profissionais.
Os alunos do 3ºano estão agora a conhecer Jean Genet, um dramaturgo francês que escreveu teatro à imagem da sua própria experiência de vida. Genet era filho de uma prostituta, de pai desconhecido, foi adotado por uma família que cedo abandonou, passou a juventude em reformatórios e prisões e aos dezoito anos de idade ingressou na Legião Estrangeira Francesa, de onde foi expulso quando descobriram que era homossexual. O teatro de Genet é o retrato da vida dele.
A peça que os alunos da EPTC estão a trabalhar é Alta Vigilância, o primeiro trabalho escrito por Jean Genet. Um único ato longo que se passa numa prisão. Uma espécie de retrato dramatizado da vida nos cárceres e das relações que ali se tecem entre as pessoas, sempre com o crime, a morte e a homossexualidade na trama da história.
No vídeo e nas fotos, estão em cena os alunos da EPTC Hugo Narciso, Felipe Feio, Gonçalo Almeida e Gonçalo Braga.