A autarquia de Cascais assinou um protocolo com a PSP para a criação de um Centro de Controlo na vila. Trata-se de um amplo sistema de videovigilância que será instalado nas ruas, com a intenção de prevenir a criminalidade. Assim, a Câmara Municipal vai instalar 359 câmaras de videovigilância, sistema que deverá estar a funcionar em pleno em 2023.
Em comunicado, a Câmara Municipal de Cascais, diz que pretende “garantir a segurança de pessoas e bens, públicos e privados, e prevenir a prática de crimes em locais em que exista razoável risco da sua ocorrência”. A ideia é repetida num vídeo promocional publicado no youtube, onde a autarquia diz que “a segurança está sempre no centro das nossas decisões, ninguém quer viver num sítio onde não se sinta seguro”, uma convição confessada pelo vice-presidente da autarquia, Miguel Pinto Luz.
Estas 359 câmaras de videovigilância juntam-se às que já estão a funcionar nos parques de estacionamento e nos transportes públicos, o que faz de Cascais um sítio onde alguém se conseguirá esconder.
A implementação desta rede de videovigilância pode levantar questões como, por exemplo, a da salvaguarda da privacidade e de proteção de dados. Há ainda questões politicamente melindrosas como, por exemplo, as relacionadas com a liberdade de expressão e de opinião, na participação de manifestações na via pública. Com as câmaras de vídeo disseminadas pelas ruas de Cascais, a gravar imagens, quem garante que esses dados não poderão vir a ser utilizados de má-fé contra alguém?