O juiz Ivo Rosa puxou da espada da Justiça e espetou uma extração de certidão para processo contra o Ministério Público e o super juiz Carlos Alexandre. Em causa está a distribuição manual do processo “Marquês”, ao juiz Carlos Alexandre. Tudo o que não poderia ter acontecido, ficou detalhado.
É a Justiça a digladiar-se. Mas o brilhante advogado Rogério Alves frisou ser muito positivo mostrar a aplicação da Justiça ao povo. Que acha o sistema judicial muito opaco, dizemos nós. As sentenças devem ter cara, dizemos nós. O juiz será sempre livre, irresponsável e inamovível, como frisou Rogério Alves.
Numa reportagem-entrevista de 29 minutos e 35 segundos feita por mim no “Linha da Frente” da RTP 1, o super juiz Carlos Alexandre alegadamente discordou da distribuição final do Processo Marquês para decisão final de instrução criminal. Uma trapalhada. De tal forma que nem compareceu ao sorteio.
Vale a pena rever aos 13 minutos e 43 segundos:
Foi a segunda grande entrevista que o super-juiz Carlos Alexandre a uma TV, desde sempre. Por causa das suas declarações teve um processo disciplinar. Que foi arquivado e muito bem. Todos temos direito à opinião.
Mas agora é a vez de Ivo Rosa com a distribuição manual directa do Processo Marquês. Um novo “berbicacho”, como diria o prudente António Costa que nada comentou -e muito bem- sobre o caso, para mais à saída de um velório.
O povo viu a Justiça a funcionar em directo. Veremos agora a interpretação decisiva do Tribunal da Relação, uma vez que o Ministério Público anunciou recurso. Uma coisa é certa, a Justiça tornou-se transparente como sublinhou Rogério Alves. Quer se aceitem ou não as decisões de Ivo Rosa, dizemos nós.
Dois juízes diferentes enfrentam-se agora num processo que interessa a todos os portugueses. Ainda bem. Aproveite-se este momento ideal para pôr o Tribunal da Relação em directo. Para que a “glasnost” na Justiça seja uma realidade. Finalmente.