Cristina Ferreira “Pra cima de Puta”

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A minha amiga rica ligou-me por causa do livro de Cristina Ferreira “Pra Cima de puta” e do espanto que o título causou a Brigitte Bardot. Contou-me que lhe mostrou vídeos dos programas da Cristina Ferreira que estão no youtube e que a amiga também se espantou com a gritaria.  Como a Brigitte gosta muito de animais, falou-lhe na amizade de Cristina com Goucha, que é gay e que ninguém se importa, felizmente.

Brigitte Bardot quis saber se na televisão portuguesa todos são assim. Ela lá lhe explicou que não, mas quando traduziu o título do livro “Pra cima de Puta”, Brigitte engasgou-se com o chá.

Mas o que foi que lhe deu, perguntou-me a minha amiga rica. Não sei, respondi-lhe. Mas li que é um livro sobre insultos que a Cristina Ferreira recebe todos os dias nas redes sociais, o preço da fama, informei solicito. Gosto muito destas conversas com a minha amiga rica.

Embalado, disse-lhe que já tinha lido um resumo do livro e que a coisa é de bradar aos céus. Estão ali transcritos centenas de comentários insultuosos, do pior que há. O povo é mesmo ordinário.  E ainda bem que ela não se mete muito pela política, excepto quando convida políticos para shows culinários. Um dia ainda os vamos ver a lavar roupa à mão na pantalha da Cristina, vai uma aposta?

Mas voltando ao “putedo livresco”, vale a pena a leitura para quem tiver estômago e pachorra. Está lá tudo, do machismo à misóginia, do assédio à violência verbal. De A a Z, a rasquice suprema.

É um novo sintoma da pandemia do Covid-19? – perguntou incrédula. Talvez, mas também é disso que ela se alimenta e compra Chanel Nº5 e usa o melhor da Zara, respondi-lhe.

E ninguém lhe oferece uma viagem à Tailândia, para desanuviar? Não sei, respondi. Soube que a “miúda” teve um princípio de depressão mas curou-se ou era fita. A minha amiga deve ter sorrido do outro lado da linha, porque também tinha feito das boas. Lembras-te de quando eu apareci no aeroporto tapada apenas com um casaco de vison e zás?

E eu ri porque a Cristininha já deve ter feito pior, deixa-me dizer alegadamente com todo o respeito pela dona da TVI. Dona? Sim, dona, tem 2,5 % do capital vendido pela PRISA. E isso serve para quê? Para ser administradora. Com 2,5 %?

E ali ficámos a tagarelar, a cortar na casaca, ela na varanda da suite do Leone Blu, sobre o rio, e eu aqui, pelas bandas de Algés. Ainda me confidenciou, em segredo, que Brigite tinha vendido o Ferrari 250 GT do seu “ex” Roger Vadim, grande homem do cinema. Valeu 4 milhões de euros. Mas necessitava de salvar focas que são mortas com porretes no Canadá. Dinheiro mais bem gasto que os 300 mil euros no cenário do programa “O Dia da Cristina” na TVI, que foi usado meia dúzia de vezes e o programa acabou.

2 COMENTÁRIOS

  1. Li esta história, e também li o libro de CRISTINA FERREIRA.
    Tenho 74 anos, já passei por muito, já vi muito, e quem me conhece , acha que sou um bom observador, perspicaz, e sempre ( como dizia o PADRE AMÉRICO) achei que não há rapazes maus, mas depois de ler quer o livro, quer esta história rebuscada, e cheguei à conclusão que de facto há gente muito má, gente que se esconde por detrás dum computador, ou como nesta história atrás do anonimato. Tudo o que li é duma brutalidade imensa, mas , porque atacam uma profissional que já deu mostras de ser uma ganhadora?
    Pelo que li, toda esta gentalha deve viver na sargeta, tal é o vocabulário abaixo de zero.
    E não há quem ponha cobro a isto?

  2. Quem escreve estas crónicas, escreve sobre outros assuntos e assina sempre JB. É uma opção legítima, podia ser um pseudónimo que ia dar ao mesmo. Há muitas razões para não se assinar com o próprio nome, o grande poeta Fernando Pessoa não fez outra coisa. O que importa aqui é dizer que a crónica é um exercício satírico sobre a atualidade e a atualidade, nestes dias, passa por este assunto do livro da Cristina Ferreira. Na crónica, creio que não há nada que seja ofensivo. De resto, este assunto já foi abordado por diferentes perspectivas neste site, como aqui, por exemplo https://duaslinhas.pt/2020/11/cristina-ferreira-marketing-ou-sentimento/

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