Lisboa e Barcelona estão de costas viradas na questão da habitação, embora as duas cidades tenham o mesmo e severo problema: uma bolha imobiliária prestes a explodir, com milhares de casas devolutas.
Por cá, a Câmara tem património em ruínas. Na capital da Catalunha, o município vai confiscar para habitação as casas devolutas.
Subindo a Rua de São José, em Lisboa, damos com algumas amostras de casas abandonadas pela Câmara, que se repetem por toda a cidade.
Medina já disse que vai alugar o Alojamento Local, para o subalugar a metade do preço. Ou seja não vai arrefecer o mercado e alimenta assim os especuladores.
Por lá, em Barcelona, 14 empresas proprietárias de 194 apartamentos vazios foram notificadas para encontrarem inquilino no próximo mês. Caso contrário o município toma posse desses imóveis, pagando uma remuneração de metade do valor de mercado.
Esses apartamentos serão arrendados para habitação, ficando as empresas sujeitas a multas até 900 mil euros.
A Catalunha permite desde 2016, que os seus municípios possam controlar as propriedades devolutas há mais de dois anos. De seguida é estabelecido um arrendamento por um período de quatro a dez anos, antes de serem devolvidas aos proprietários.
Lisboa tem hoje uma enorme bolha imobiliária identificada, prestes a explodir, mas continua a praticar preços de 2007, tal e qual quando Cavaco Silva dizia que Portugal era um paraíso.
Agora, com os socialistas no poder, e porque as coisas não mudam, o povo fica confuso e desata a dizer que “são todos o mesmo!”. A ver vamos.