Convívio com Arte genuína

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Mau grado o confinamento, que não permite inauguração com pompa e circunstância, vai estar patente, desde o próximo dia 28 até 15 de Setembro, na Galeria de Arte do Casino Estoril, o 40º Salão Internacional de Pintura Naïf.

Tradicional iniciativa levada a cabo pelo saudoso Nuno Lima de Carvalho e agora continuada por seu filho Pedro, este Salão consagra anualmente um tipo de pintura deveras sugestivo, porque – como o próprio nome francês indica – vamos estar perante obras de artistas que vêm o mundo com a ingenuidade do seu olhar. Não tiveram lições de técnica, não estudaram as regras das perspectivas e das proporções. Desenham e pintam como lhes parece bem, amiúde divertindo-se por representarem as pessoas maiores que os barcos, os gatos maiores do que as pessoas. Sempre, porém, numa panóplia de cores vivas que encantam e extasiam.

Este ano, ao celebrar 40 anos (!), o Salão vai contar com obras de A. Réu, Alcindo Barbosa, Arménio Ferreira, Bento Sargento, Conceição Lopes, Dulce Ventura, Elza Filipa, Fernanda Azevedo, Jorge Serafim, Josep Mir, Juan Guerra, Manuel Castro, Maria Tereza, Nell, Rute Castro e Silva Vieira.

Um convívio com uma Arte genuína a não desperdiçar!

1 COMENTÁRIO

  1. É notável a forma como José D´Encarnação cultiva os afectos e este texto bem o ilustra. Amigo que foi do Dr. Lima de Carvalho, e admirador do seu carinho pela pintura naïf, não perde a oportunidade de o evocar para lembrar uma iniciativa que ele promoveu e hoje o seu filho continua. Visitei muitas vezes o Salão Internacional no Casino do Estoril, agora na quadragésima edição. E embora preferindo outras formas da linguagem pictórica, não posso deixar de negar o imenso valor do seu aspecto natural, espontâneo, nem a informalidade e pureza da sua manifestação que vai à raiz popular colher inspiração. Por isso considero este texto tão oportuno e agradeço a partilha.

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