TAP poderá ser nacionalizada

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Parece evidente a todos que o governo vai ter de meter muito dinheiro na TAP, de modo a recapitalizar a empresa depois de uma paragem prolongada desde que o turismo paralisou e as fronteiras foram encerradas devido ao covid-19.

O secretário de Estado do Tesouro, Álvaro Novo, disse agora que o Governo espera ter uma decisão sobre a injeção de dinheiro na TAP, em meados de junho. Até lá alguém deve estar a fazer contas de números com demasiados zeros…

Segundo as regras, “o pedido de auxílio tem de partir da administração da TAP”, disse o membro do governo, referindo que o executivo já recebeu um pedido inicial que versava sobre “várias matérias”, uma das quais a “garantia pública a um empréstimo que a TAP pretende obter”, no valor de 350 milhões de euros.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, já veio dizer que uma injeção repartida entre o acionista privado e o Estado seria “a forma mais tranquila de conversar” sobre uma capitalização da TAP, empresa impactada pela pandemia de covid-19.

O primeiro-ministro, António Costa, assegurou na semana passada que só haverá apoio à TAP com “mais controlo e uma relação de poderes adequada”, mas assegurou que a transportadora aérea continuará a “voar com as cores de Portugal”. Ou seja, Costa pondera se será melhor nacionalizar a empresa, dado que os acionistas privados parecem ser incapazes ou estar desinteressados em se comprometerem com a recapitalização da empresa.

Atualmente, devido à pandemia de covid-19, a TAP tem a sua operação suspensa quase na totalidade e recorreu ao ‘lay-off’ simplificado dos trabalhadores.

Desde 2016 que o Estado – através da Parpública – detém 50% da TAP, o consórcio Gateway (de Humberto Pedrosa e David Neeleman) ficou com 45% do capital da transportadora. Os restantes 5% da empresa estão nas mãos dos trabalhadores.

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