GUINÉ-BISSAU, A GUERRILHA CONTRA O REGIME

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Domingos Simões Pereira (DSP) perdeu mais uma batalha na guerra que trava contra o atual Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló (USE).

DSP é secretário-geral do PAIGC, o maior partido da Guiné-Bissau, Presidente do Parlamento que foi dissolvido por USE na sequência de uma tentativa de golpe de estado alegadamente liderada por DSP, no início de dezembro de 2023.

O parlamento guineense nunca mais funcionou e a normalidade só será reposta depois de realizadas eleições legislativas,marcadas para 24 de novembro deste ano.

Desde então, DSP tem tentado congregar apoios, internos e externos, para remover USE da Presidência. Internamente, as Forças Armadas já reagiram às tentativas de alteração do regime, rejeitando militâncias político-partidárias. Externamente, tem sido muito difícil combater a influência de um Presidente extremamente ativo na cena internacional, que tanto está no Kremlin como na Casa Branca.

Agora, nas vésperas de se realizar a XV Cimeira da CPLP, DSP usou a condição de ser, formalmente, Presidente do Parlamento para tentar impedir que o evento se realizasse em Bissau, como previsto.

Foi assim que chegou uma carta à Assembleia Parlamentar da CPLP pedindo que se “recuse a dar cobertura institucional a eventos que contradigam os princípios democráticos e os fundamentos legais da nossa comunidade”, referindo-se ao evento.

O pedido foi indeferido. A resposta da CPLP foi lembrar que “foram marcadas as eleições para este ano, vamos fazer o devido acompanhamento, vamos criar condições para que possamos participar efetivamente como observadores”.

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