«A Alquimia da Luz» é o nome intrigante da exposição do fotógrafo nova-iorquino Rodney Smith (1947-2016), patente no Centro Cultural de Cascais até 25 de maio.
A inauguração ocorreu no final da tarde do passado dia 1, com muita afluência de público, designadamente de conselheiros da Fundação Dom Luís I promotora do evento. Ouviram-se as palavras da ocasião a assinalar a singularidade da mostra, por ser de fotógrafo de grande nomeada e, sobretudo, por a Fundação ser considerada já uma das maiores divulgadoras da arte fotográfica.
Saboreada uma tapa e de taça de espumante na mão, o sentido do paladar ajudou a criar o ambiente sensorial para que o da visão melhor saboreasse o que lhe era dado apreciar.

A Alquimia da Luz é o nome. Primevo vocábulo a levar-nos para a Idade Média. Proclamavam os alquimistas tudo conseguirem transformar em ouro e os ingredientes por eles elaborados tudo curavam, qual panaceia universal.
Não vamos ao extremo de afirmar que, através dos surpreendentes instantâneos que criou e logrou imortalizar, Rodney Smith nos cure dos males de que enfermamos, mas que ajuda a curar ansiedades isso ajuda!

Na verdade, apetece bem determo-nos diante das suas fotografias a preto e branco e sentir como, diariamente, andamos sempre a fugir. Não atentamos nas pessoas, nos momentos, nos olhares, nos gestos. E importava viver de sentidos mais despertos. Não apenas o do gosto para a tapa apetecível, mas para o claro-escuro do mundo que nos rodeia.
Já reparaste, amigo, naquele esquivo fiozinho de luz, além? Vês como fez ressaltar aquela forma? Pára e vê!