A ÁRVORE SAGRADA

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Talvez seja a oliveira mais velha que se conhece, mas é uma árvore em grande risco. Tem raízes no chão de Belém (Beit Lahem, em árabe) a terra onde Cristo nasceu, na Cisjordânia. O maior risco que corre está na sanha destruidora dos israelitas que queimam, derrubam, matam tudo o que diga respeito ao orgulho palestiniano e a tudo o que liga esse povo à terra onde vive.

Salah Abu Ali é um agricultor palestiniano e considera-se o guardião dessa velha oliveira. Não só porque ela está na sua propriedade, mas por respeito perante um ser vivo tão antigo e tão generoso. Todos os anos, Salah Abu Ali colhe as azeitonas que a velha oliveira lhe dispensa generosamente, cerca de 600 kg por cada safra.

Estima-se que esta oliveira tenha cerca de 5.500 anos. Está aqui desde sempre. Uma árvore sem tempo. Uma árvore venerável, um monumento à vida.

O agricultor diz que não herdou a árvore, mas que herdou “o amor por esta árvore que passou de geração em geração e que ele há de transmitir aos seus filhos e netos”. Desde criança que Salah Abu Ali foi ensinado a regar a árvore diáriamente, a falar com ela, a descansar à sua sombra. E ele espera que assim continue a ser, até sempre.

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