Transmontano, camponês, operário, gestor, deputado, autarca, alfarrabista. Fundou um partido político. Uma longa vida que já soma 76 anos resumida, assim, em meia dúzia de palavras.
Falta dizer que é escritor, poeta. E é disso que hoje falamos.
O mais recente livro de Manuel Monteiro tem um título longo: “Com o Fogo Derrotei o Anjo, Com a Espada o Anjo me Trespassou”. Poesia atormentada.
“se me vires partir não lamentes os tumultos onde me envolvi os meses de renda que não paguei e os efémeros pedestais que desprezei
Poesia atormentada pela impiedade da atualidade noticiosa, “habitamos este lodo parado / ignorando apelos que vêm de longe / em desafio à inércia das estrelas cadentes”.
“não podemos nada a não ser observar os meninos africanos feitos rãs sepultados nas profundezas do mediterrâneo”
Poesia atormentada pela saudade. Viagens no tempo.
São para aí uns 50 poemas, curtos. Uma cavalgada incessante. Procurem nas livrarias ou encomendem diretamente ao autor pelo e-mail manuelmonteiro26@gmail.com. Não é a primeira vez que falamos disto, aqui.