A notícia foi divulgada amplamente, desde logo pelo Jornal de Angola e, depois, confirmada no site do MINSA, o Ministério da Saúde.
São 50 novas ambulâncias para prestarem assistência pré hospitalar com suporte avançado de vida. As viaturas foram entregues neste sábado, 10 de agosto, e fazem parte de uma doação do Governo da Rússia no total de 150 ambulâncias.
A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, aparece nas fotografias, juntamente com o embaixador da Rússia em Angola, Vladimir Tararov, na cerimónia de entrega das chaves dos veículos.
O embaixador russo não se coibiu de referir que “as viaturas foram enviadas para Angola gratuitamente no âmbito de um apelo pessoal do Presidente da República, João Lourenço, ao Presidente da Rússia, Vladimir Putin”, sublinhou Tararov.
Estes 50 veículos de assistência médica estão avaliados em 685.500 dólares norte-americanos, segundo as contas do embaixador russo. Não deixa de ser estranho que um dos maiores produtores de petróleo de África tenha de andar a pedinchar ambulâncias, ou seja o que for, a outros países.
Curiosamente, em 2023 Angola já tinha recebido uma vintena de ambulâncias, doadas pelo Japão.
O país é grande e certamente as ambulâncias fazem falta, até porque devem sofrer bastante desgaste nas urgências pelas picadas e estradas esburacadas. Da falta de ambulâncias haverá agora menos motivos para protestar. O pior serão os hospitais para onde as ambulâncias levam os necessitados de atendimento médico.
Angola tem uma das maiores dívidas externas do mundo, está no top dos devedores mundiais, o maior credor é a China. O montante da dívida angolana é difícil de descortinar, varia consoante as fontes consultadas. Há quem diga que a dívida externa representa 74,10% do total, somou 39,33 biliões de kwanzas (44,10 mil milhões de euros), outros dizem que “a dívida externa angolana encolheu 6%, para 48.292 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2024″, outros dizem que a dívida externa era em março de 2024 de 62 milhões de euros. Escolham qual preferem.
De qualquer forma, seja qual for o montante da dívida externa angolana, não será por investir na Saúde.
(artigo atualizado às 10:30 de 12/08/2024)
