Há uma memória nas redações dos jornais do tempo em que Marcelo se afadigava a dar ‘dicas’ para notícias, nomeadamente no semanário Expresso, que era onde ele tinha maiores liberdades.
Dizem-nos, quem lá trabalhou, que à sexta-feira o diretor José António Saraiva (entre outros) embarcava naquilo com confiança e convicção e que, na segunda-feira, muitas das ‘dicas’ acabavam desmentidas.
Marcelo sempre teve aquilo a que se chama ‘boa imprensa’, ou seja, amigos que zelavam por ele. Talvez esse ‘estado de graça’ esteja a chegar ao fim, por aquilo que se diz dele, agora.

“Marcelo é o criador e principal fautor de um jornalismo dos cenários que nunca se realizam, jornalismo apenas especulativo que não leva a lado nenhum e que tem o condão de falsear toda a atividade política”.
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“Marcelo tem tomado o espaço da oposição ao governo. E para cúmulo é ele próprio que manda colocar nos jornais conversas a propósito. Toda a gente sabe dos telefonemas e das intrigas. É demasiado interventivo e não percebe que não pode ser ele o líder da oposição, mas comporta-se como tal”.
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“Catavento de opiniões erráticas, em função da mera mediatização gerada em torno do fenómeno político”.

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“O comentador Marcelo Rebelo de Sousa (M.R.S.) constitui, pelo seu recente comportamento, uma ameaça à credibilidade da instituição da Presidência da República e ao futuro de Portugal (…) Em vez de um Presidente da República, elegemos um comentador com urgência pessoal e compulsão para se pronunciar, instantaneamente, sobre tudo.”

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“Marcelo, como o escorpião da lenda, não resiste a matar a rã (…) Algumas pessoas amigas que consultei avisaram-me e tentaram evitar que o convidasse para o Governo: ‘Estás a meter o veneno em casa’ – dizia um. ‘Estás a aproximar-te do escorpião da fábula, e tu serás a rã’ – dizia outro”.

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“Um presidente que já é sem qualquer dúvida o presidente mais fraco desde 74.”