O SARCÓFAGO ROMANO

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Um cemitério debaixo do asfalto, numa rua de uma cidade francesa. Foi em setembro, em Reims, que se descobriu uma necrópole romana na rue Soussillon. O mais fantástico é que, nessa necrópole, foi encontrada um sarcófago fechado, ainda com os grampos de ferro.

o sarcófago de pedra calcária

Trata-se de uma caixa enorme, em pedra calcária, com 1 metro de altura e 1,65 de comprimento, 80 cm de largura. Uma coisa pesada que precisou da força de uma grua para ser levantada do sítio e levada para lugar onde possa ser minuciosamente estudada.

É muito raro encontrar um sarcófago romano inviolado, depois de 2 mil anos de vicissitudes. Em Reims, por exemplo, além da urbanização inerente a uma cidade de 200 mil habitantes, estamos a falar de uma região desde sempre afetada por invasões destruidoras, incluindo várias batalhas nas duas guerras mundiais que devastaram a Europa. Muito espólio histórico, arquitetónico e arqueológico, se perdeu ao longo do tempo.

Por isso foi uma festa quando a picareta de um operário começou por destapar indícios de que alguma coisa interessante poderia estar ali enterrada. Foi a vez dos arqueólogos começarem a cavar.

Os romanos chamavam Durocortorum a Reims. Já nesse tempo, a cidade tinha relevância política. A antiga Durocortorum era a capital da província da Gália e era uma das maiores cidades do Império Romano. A cidade estendia-se por mais de 600 hectares e era delimitada por uma muralha. Reims exibe muitos sinais desse tempo, mas a recente descoberta é uma espécie de “joia” arqueológica.

Após o corte dos grampos de ferro, espreitaram para dentro do sarcófago. Lá dentro, o esqueleto de uma mulher rodeada por quatro lâmpadas de óleo, dois recipientes de vidro que possivelmente continham óleos perfumados, um pequeno espelho (perto da cabeça), um anel de âmbar e um pente.

Segundo os arqueólogos, os utensílios indicam que o enterro ocorreu no século II d.C.

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