Pode parecer estranho, mas é no próximo dia 1 de janeiro que arrancam nos concelhos a norte do Tejo os serviços da chamada Carris Metropolitana. Estranho, porque num dia feriado, prometem o início de um serviço com mais carreiras e novos horários em nove concelhos do distrito de Lisboa. Normalmente, num dia feriado, quase não há transportes públicos intermunicipais.
Mas, que seja. A Carris Metropolitana é uma iniciativa já experimentada a sul do Tejo. No início sofreu alguns reveses, porque constatou-se que não havia motoristas suficientes para cumprir com as promessas. Mas com o tempo, a empresa organizou-se.
A chegada da Carris Metropolitana a algumas localidades dos concelhos a norte de Lisboa é um anseio das populações, cansadas de serem mal servidas pelos operadores locais. A Mafrense, por exemplo, tem sido alvo de inúmeras críticas por prestar um serviço considerado deficiente, nomeadamente nas horas de ponta.
A nova rede vai seguir um outro sistema de numeração das carreiras. É possível utilizar o “conversor de linhas” do ‘website’ da Carris Metropolitana para saber as novas referências.
Os veículos serão todos amarelos e com o símbolo da Carris Metropolitana. Os operadores tradicionais não desaparecem. Os utentes é que passam a ter maior oferta.
Os preços não se alteram, o passe Navegante continua a custar 30 ou 40 euros, consoante seja municipal ou metropolitano.
A Área Metropolitana de Lisboa é composta por 18 municípios, sendo que três mantêm em exclusivo as transportadoras internas: os Transportes Coletivos do Barreiro (TCB), no concelho do Barreiro, a Mobi Cascais, em Cascais, e a Carris, em Lisboa.
Esta harmonização dos transportes colectivos na AML custou 1,2 mil milhões de euros. Uma pipa de massa. É bom que funcione, até porque os utentes preferiam que o dinheiro tivesse sido investido no prolongamento da rede do Metropolitano de Lisboa, nomeadamente para os concelhos de Loures, Mafra ou Sintra.