O apedrejamento do carro da mulher do treinador do FC Porto, diz tudo sobre a violência que grassa no futebol, à volta do relvado. Felizmente que o jogo continua a ser disputado em moldes aceitáveis, o que não acontece com as ações de alguns adeptos, nomeadamente das claques dos clubes.
O problema não são os danos na viatura, mas é o exercício ilegítimo de pressão inaceitável dos adeptos sobre a equipa. Quando para manifestar desacordo ou desagrado se atacam familiares dos visados, estamos perante um ato terrorista.


Quem faz isto apenas pretende dominar o outro pelo medo. E se o próprio tem meios de defesa, a família representa uma vulnerabilidade difícil de contornar.

Pouco importa que o FC Porto tenha repudiado o apedrejamento. O comunicado difundido cumpre apenas com os serviços mínimos da decência. Falta extirpar o clube desta maldade.