Afinal, não. Pelo menos, ainda não. O chamado novo aeroporto de Lisboa dá um passo atrás, depois do ministro Pedro Nuno Santos ter anunciado urbi et orbi que iria ser em Alcochete, com poisio transitório no Montijo.
Ontem, na RTP, apertado por João Adelino Faria, o ministro parecia pouco seguro naquilo que afirmava, nomeadamente quanto aos custos da obra e à necessidade de se acordar o empreendimento com a oposição e sincronizar movimentos com o Presidente da República.
Hoje, a notícia é que o primeiro-ministro determinou a revogação do despacho ontem publicado sobre o Plano de Ampliação da Capacidade Aeroportuária da Região de Lisboa.
António Costa parece considerar que “a solução tem de ser negociada e consensualizada com a oposição, em particular com o principal partido da oposição e, em circunstância alguma, sem a devida informação prévia ao senhor Presidente da República”, acrescentando que “compete ao primeiro-ministro garantir a unidade, credibilidade e colegialidade da ação governativa”, diz um comunicado do primeiro-ministro.
Pedro Nuno Santos fica ou cai?
Na quarta-feira foi publicado em Diário da República um despacho assinado pelo secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Santos Mendes, que determina o “estudo da solução que visa a construção do aeroporto do Montijo, enquanto infraestrutura de transição, e do novo aeroporto ‘stand alone’ no Campo de Tiro de Alcochete, nas suas várias áreas técnicas.” Esse despacho foi agora revogado.
Na RTP, ontem, o ministro Pedro Nuno Santos disse “Já chega! Já chega!” de andar a discutir localizações de aeroportos. Pelos vistos, ainda não chega e a questão é, agora, se este ministro fica ou se voa para outras paragens.