A “sodade” de Cesária e a “saudade” de Maro

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É frequente ouvirmos músicas que nos fazem lembrar outras. Nem sempre é plágio. Muitas vezes, as semelhanças devem-se à chamada “inspiração”. Ouviram uma música e fazem algo parecido. Inspirado e não copiado.

Vem isto a propósito de algumas pessoas encontrarem semelhanças entre a “Saudade, Saudade” de Maro e a “Sodade” de Cesária Évora. Um exemplo:

Acreditamos que as semelhanças se resumem ao título das canções e ao balanço rítmico do refrão de ambas que é sustentado pela repetição da palavra “saudade”.

De resto, Cesária dá 10 a zero à jovem Maro. Talvez daqui a muitos anos, alguma semelhança entre as duas possa surgir.

Em resumo, são duas canções distintas. É a nossa opinião. Cesária canta a saudade do emigrante pela terra, Maro canta a saudade de alguém que já morreu. São distâncias diferentes. Cesária cantava a esperança do regresso. Maro canta sem esperança… “I’ve tried, alright / But it’s killing me inside / Thought you’d be by my side always”.

Outros casos

Não é a primeira vez que se fala em plágio no Festival da Canção. Recorde-se que, em 2018, Diogo Piçarra desistiu do Festival da Canção depois de ter visto o tema que interpretou ser comparado a uma canção religiosa gravada e editada pela IURD. Em 2021, Pedro Gonçalves foi igualmente visado por este tipo de crítica. A canção de sua autoria, “Não Vou Ficar”, soava a algumas pessoas demasiado parecida com “Guilty Conscience”, da artista de hip-hop 070 Shake.

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