No Kremlin, Putin sorri

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A propósito da crise ucraniana, Ana Gomes diz que Putin se tem dedicado a alimentar divisões na europa democrática, na tentativa de provocar divisões e tensões sociais para desgastar a democracia.

Na opinião desta ex-deputada europeia e ex-embaixadora de Portugal, a sobrevivência do regime russo depende de não haver democracias bem sucedidas na Europa. Entre as diversas táticas usadas por Putin, está o financiamento de movimentos de extrema-direita e Ana Gomes referiu os casos de Le Pen (em França) e Salvini (em Itália). Levando em linha de conta as ligações de Salvini e Marine Le Pen ao Chega, seria interessante verificar estas suspeições.

Na análise que faz, Ana Gomes diz que Putin é um estratega de sucesso. Adquiriu influência no Médio oriente, nomeadamente na Síria, meteu a Bielorrússia no bolso sem gastar um único tiro, prepara-se para extirpar a Crimeia da Ucrânia e que, no final, acabará por não haver guerra e que o atual conflito de baixa intensidade será mantido. Na América, depois do fracasso do Afeganistão (a somar a outros…), haverá pouca gente disposta a morrer por razões que não entendem. Ou seja, o envolvimento americano numa guerra em larga escala na Ucrânia terá custos políticos que o atual Presidente Biden não deverá querer pagar.

Os europeus têm uma índole mercantilista e a opção pela guerra será sempre difícil de assumir, até porque a Europa não tem exército. Depende dos EUA e da NATO. O mercantilismo europeu é fator que também impedirá a aplicação efetiva das sanções económicas coladas a um “espantalho” para afugentar russos. No Kremlin, Putin sorri…

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