Entre um ministro que era “apenas” um passageiro e o motorista, há uma história cujos pormenores se desconhecem.
Ao contrário do que seria natural, o motorista do ministro da Administração Interna não era agente do Corpo de Segurança Pessoal da PSP. Cabrita, ministro das polícias, nunca quis polícias a conduzir as viaturas ao seu serviço e tinha três motoristas externos contratados.
Durante a fase de inquérito, o condutor declarou ao Ministério Público que cumpria indicações do Corpo de Segurança Pessoal da PSP, que se deslocava numa segunda viatura, e que por isso conduzia “na faixa mais à esquerda”.
O carro ia cheio, além do motorista e do ministro, seguiam viagem um oficial da GNR, um segurança pessoal e um assessor do ministro. Todos eles terão prestado declarações neste inquérito.
Porque razão o ministro da Administração Interna prescindiu dos serviços do Corpo de Segurança Pessoal da PSP, não se sabe. Estamos a falar de uma unidade especial da polícia que goza de grande prestígio. A condução de viaturas é uma das disciplinas a que mais atenção se dá na formação destes agentes especiais da PSP, tal e qual se pode ver nesta reportagem da RTP (clique aqui).
(artigo atualizado às 01.00 de 4/12/2021)