O que fez a diferença na vitória de Rui Rio

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Rio venceu e fez um discurso caudaloso na hora da vitória, prometeu ir à luta. Para animar a malta, disse que “é possível vencer” nas próximas legislativas de 30 de janeiro. Os barões do PSD não querem ouvir outra coisa, muitos deles anseiam por voltar a ser ministros ou secretários de Estado, voltar a subir o degrau que lhes dá acesso ao pote do poder. É assim em todos os partidos, até mesmo naqueles que dizem que não.

O PSD preferiu a continuidade quando tinha um candidato diferente. Mas Rangel é “demasiado” diferente para o povo. Embora publicamente a campanha tenha decorrido com cordialidade e respeito mútuo entre candidatos, no bas-fond das redes sociais as alusões à vida privada de Rangel nunca pararam. Foi seguramente o fator que desequilibrou a balança a favor de Rio, por mais que não se queira assumir essa verdade.

A contra-campanha a Paulo Rangel nas redes sociais

Seria isso que Rio teria na cabeça quando, no discurso da vitória, referiu que “esta eleição é a vitória dos militantes de base do PSD” e que ”os dirigentes do partido nas distritais e nas concelhias têm de se ligar mais aos militantes, eles foram na esmagadora maioria num determinado sentido e o povo, que aqui são os militantes, disseram não, o caminho é outro”.

Vamos ver que reflexo isto tem na elaboração de listas para candidatos a deputados nas eleições que se aproximam, preocupação expressa por Paulo Rangel que pediu unidade no partido para esse processo de escolha.

Rangel volta para casa, para Bruxelas, onde tem os seus amigos e vida estabelecida há muito tempo. Rio abriu uma garrafa de champagne. O que terá Rangel bebido na noite da derrota?

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