João Rendeiro, um homem cada vez mais só

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João Rendeiro tem cada vez menos amigos com quem falar ao telefone. Depois de Paulo Guichard, o seu braço-direito no BPP ter sido detido na quinta-feira à noite no Aeroporto Sá Carneiro, no Porto e depois de dois dos seus advogados terem renunciado a continuar a defende-lo em tribunal, sobra cada vez menos gente à volta dele.

Deve ser uma situação nova para João Rendeiro, habituado a estar rodeado de gente solicita e obediente. Até o motorista já deve estar arrependido de se ter metido nas compras e vendas fictícias de apartamentos de luxo.

Até aqui, João Rendeiro teve tudo e todos que quis. Advogados, por exemplo, nunca lhe faltaram. José Miguel Júdice, João Medeiros, Joana M. Fonseca, José António Barreiros e, agora, Carlos do Paulo. Paletes de advogados, todos caros. Uma boa parte da fortuna de que está acusado de ter retirado indevidamente do BPP já deve ter sido gasta nestes luxos. De todos estes advogados, o único que resta é Carlos do Paulo que, aliás, foi o último a chegar a este grupo de servidores do antigo banqueiro.

E a acreditar no que se lê por aí, a ordem dos Advogados terá iniciado um inquérito com vista à instauração de um processo disciplinar por eventuais conflitos de interesse na órbitra de Carlos do Paulo que, como advogado, terá representado um grupo de lesados do Banco Privado Português, no passado. É a ele que se atribui a organização de manifestações de lesados em várias ocasiões. Mas se a Ordem dos Advogados investiga, veremos a que conclusões vai chegar e quais as consequências de tal investigação.

Um dia destes só lhe resta a Maria, a esposa.

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