Portugal registou, nas últimas 24 horas, um novo aumento no número de pessoas internadas com covid-19, 1.610 novas infeções e nove mortes, segundo dados da Direção-Geral da Saúde. Estão internadas 919 pessoas, mais 40 do que no domingo, e 198 estão em unidades de cuidados intensivos, onde foram internadas mais cinco pessoas nas últimas 24 horas. A maioria das novas infeções por SARS-CoV-2 regista-se hoje na região do Norte (688), enquanto em Lisboa e Vale do Tejo há mais 519 pessoas contagiadas, que concentram quase 75% dos casos registados nas últimas 24 horas.
As nove mortes das últimas 24 horas registaram-se nas regiões do Norte (cinco), Lisboa e Vale do Tejo (três), e Açores (uma). Os casos nas últimas 24 horas registam-se, sobretudo, até aos 59 anos, totalizando cerca de 90% das novas infeções, sendo em maior número entre os 10 e os 49 anos.
Portugal é o segundo país da União Europeia com maior média diária de mortes atribuídas à covid-19 por milhão de habitantes nos últimos sete dias, segundo os registos do ‘site’ de estatísticas Our World in Data.
Quanto aos novos casos diários de infeção por SARS-CoV-2 por milhão de habitantes, Portugal manteve na última semana a quinta posição entre os estados-membros da UE, com uma média de 313,46 casos por dia por milhão de habitantes, apenas atrás de Chipre, Espanha, Malta e Países Baixos.

Em termos de vacinação, em números atualizados no domingo no Our World in Data, Portugal tem 51,03% da população completamente vacinada, acima da média comunitária de 46,26%.
Neste aspeto, Malta é o estado-membro mais avançado, com mais de 83% da população totalmente vacinada contra a covid-19.
O que provoca as mutações do coronavírus
Investigadores do Instituto de Investigação Biomédica de Bellvitge (IDIBELL) identificaram duas novas variantes do gene TLR7 que podem estar na base de uma maior predisposição a desenvolver covid-19 numa forma mais severa, nomeadamente entre jovens saudáveis.
Segundo adiantou a agência noticiosa EFE, a descoberta pode explicar a razão de alguns homens jovens saudáveis desenvolverem pneumonia grave devido ao novo coronavírus.
Em comunicado, o instituto explicou que o estudo, no qual também participaram peritos do Instituto Catalão de Oncologia, o Hospital Universitário de Bellvitge, a Universidade de Barcelona e a Universidade de Radboud dos Países Baixos, reafirma a necessidade de rastreios genéticos para melhorar a gestão dos pacientes covid-19 e intervir de forma direcionada.
Publicado na revista ‘Frontiers in Immunology’, o trabalho analisou a presença de variantes no gene TLR7 em 14 homens jovens, sem antecedentes clínicos, que precisaram de ventilação artificial para tratar a covid-19.
Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.301 pessoas e foram registados 954.669 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.