Covid-19: 52 mortes e faltam enfermeiros

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O boletim epidemiológico da Direção Geral de Saúde volta a registar, hoje, números bastante altos sobre a pandemia covid-19. Assim, nas últimas 24 horas faleceram 52 pessoas com a infeção provocada pelo novo coronavírus e há mais 5.550 novos casos de pessoas doentes.

A este ritmo, estamos próximos de alcançar a marca dos 3 mil mortos, “fasquia que será ultrapassada dentro de uma semana se os índices da pandemia não abrandarem. Nos últimos seis dias faleceram 285 pessoas com covid-19, uma média superior a 47 mortes diárias.

O boletim indica que das 52 mortes registadas, 25 ocorreram na região Norte, 13 em Lisboa e Vale do Tejo, oito na região Centro e seis no Alentejo.

Há cada vez mais pessoas internadas. Hoje há 2.425 pessoas (mais 63 do que na quinta-feira). Em cuidados intensivos estão 340 pessoas (mais 20). E é este dado sempre crescente que mais preocupa as autoridades sanitárias e o Governo porque estamos próximo de saturar o sistema hospitalar com doentes covid, nomeadamente as unidades de cuidados intensivos. E quando não houver mais capacidade para tratar os novos doentes, vai ser mau para todos nós.

A região Norte é a que regista o maior número de novos casos tendo sido reportados 3.006 nas últimas 24 horas, na região de Lisboa e Vale do Tejo foram notificados mais 1.495 novos casos e na região Centro registaram-se mais 676 casos, contabilizando 15.045 infeções e 349 mortos.

Não há mais enfermeiros para contratar

A ministra da Saúde, Marta Temido, admitiu hoje que “o mercado não tem a disponibilidade de outros momentos” no que se refere ao recrutamento de profissionais para acudir à pandemia da covid-19, mas frisou que Portugal “não é exceção”. Quando o primeiro-ministro Passos Coelho mandou professores e enfermeiros emigrar não adivinhava que eles um dia viessem a fazer tanta falta. Ou, então, terá sido uma ajuda ao negócio privado na Saúde mas, em casos de pandemia, os privados nãos e sentem motivados, não se percebe bem porquê.

Marta Temido comparou o que se passa em Portugal com o caso da França, para lembrar que o Presidente Macron afirmou que o país tinha dificuldade no recrutamento de profissionais de saúde.

“Ouvi há poucos dias o Presidente Mácron a referir que não há profissionais de saúde livres no mercado para serem contratados. Estamos a falar de França. Neste momento a dificuldade de recrutamento de profissionais de saúde existe em toda a Europa. Portugal não é exceção”, disse a ministra.

A propósito disto, a Ordem dos Enfermeiros divulgou, também hoje, que há uma grande procura por enfermeiros e enfermeiras portuguesas em países como Espanha, Reino Unido, Alemanha e Holanda, com ofertas salariais bem acima do que se pratica em Portugal. “Estão a oferecer contratos anuais, transporte e alojamento gratuitos”, sublinhando que as propostas “são agora mais e com condições mais vantajosas por parte de hospitais, mas também de lares”, diz a Ordem dos Enfermeiros.

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