Corrupção

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Portugal continua a estar abaixo da média europeia do Índice da Percepção de Corrupção. Obtém apenas 62 pontos, quando deveria estar acima dos 66.

Ficamos em 30º lugar da geral, o que não é mau em 180 países analisados. Mas é insuficiente para os portugueses e para os nossos magistrados que querem o “enriquecimento injustificado” penalizado com severidade em lei. E pedem ao Governo que o inclua num pacote anticorrupção.

Todos nós magicamos sobre o património imobiliário e os sinais exteriores de riqueza de certas pessoas de determinadas classes profissionais. É uma constante. Fazemos contas e não dá. Não pode ser. Mesmo quando os bancos são generosos. Já nem se fala de “Berardos”. Mas do cidadão com certas profissões que não permitem tantas casas, moradias, férias e bons carros.

O Índice de Percepção da Corrupção é a mais antiga e abrangente ferramenta de medição da corrupção no mundo, analisando os níveis de corrupção no setor público de 180 países. Pontuando-os de 0  a 100 (muito transparente). A Dinamarca e Nova Zelândia estão no topo da tabela de 2019, com 87 pontos. A Finlândia com 86 e Singapura, Suécia e Suíça, com 85.

Existe uma organização Transparency International que está presente em Portugal, com relatórios desde 2010 (transparencia.pt). Os objectivos são louváveis. Sem corrupção o país é mais justo e prospera.

Mas a ideia não deveria ser apenas evitar quem quer passar à frente na fila do supermercado das obras públicas Deveria ir mais longe. E não permitir que algumas pessoas, em certas profissões, recebam lucros indevidos porque facilitam ou privilegiam. Não se trata só de políticos como alguns fazem crer.

Trata-se de acabar  situações que motivam as expressões  “fez ele se não bem”, “eu fazia o mesmo”, “querem lixar o mexilhão”, “aquilo tem algum mal?”, “é uma gota de água”. Infelizmente não é uma gota de água é um mar que nos afoga, até de raiva.

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